Saiba o que muda com o novo marco regulatório da EAD proposto pelo MEC Assinada nesta segunda-feira (19)
normativa traz regras sobre cursos como Medicina, Enfermagem, Direito e Psicologia; medida não impacta cursos em andamento
5/20/20252 min read


Novas regras para cursos EAD no Brasil: o que muda e quem será afetado
O governo federal anunciou, nesta segunda-feira (19), um novo decreto que define como vai funcionar a Educação a Distância (EAD) no Brasil. O decreto já foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ainda será publicado no Diário Oficial da União.
Essa nova regulamentação traz mudanças importantes para cursos superiores a distância, mas não afeta os alunos que já estão matriculados. Quem já começou o curso continuará até o fim exatamente como foi combinado na matrícula.
O que muda com a nova regra?
Alguns cursos não poderão mais ser oferecidos a distância:
Medicina
Direito
Odontologia
Enfermagem
Psicologia
Esses cursos só poderão ser oferecidos no formato presencial.
Outros cursos, especialmente na área da saúde e licenciaturas, terão regras mais rígidas:
Cursos presenciais: pelo menos 70% da carga horária com presença física.
Cursos semipresenciais: pelo menos 30% presencial e outros 20% com aulas ao vivo ou presenciais.
Cursos EAD: pelo menos 10% de atividades presenciais e outros 10% com aulas ao vivo (síncronas).
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Mais estrutura nas instituições
Faculdades que oferecem EAD terão que ter estrutura mínima: salas físicas, internet, laboratórios e espaços de estudo.
Não será mais permitido dividir um mesmo polo EAD entre instituições diferentes.
Prazo para adaptação
As instituições terão até dois anos para se adaptarem às novas regras.
E os alunos que já estão estudando?
Uma das maiores preocupações de quem está atualmente matriculado em um curso a distância é saber se essas novas regras vão atrapalhar seus estudos. A resposta é clara: não vão.
A nova regulamentação não afeta os alunos que já estão com o curso em andamento. Isso significa que:
Se você já começou um curso que será proibido no formato EAD (como Medicina, Direito, Enfermagem, Odontologia ou Psicologia), você tem o direito de concluir esse curso a distância, até o final.
A instituição de ensino é obrigada a manter o curso funcionando até que todos os alunos da turma atual se formem, exatamente como foi prometido na matrícula.
As mudanças nas regras valem apenas para novos cursos que serão abertos depois que o decreto entrar em vigor (após a publicação oficial).
Ou seja: ninguém vai precisar mudar de formato no meio do caminho, migrar para o ensino presencial ou perder o que já estudou.
Essa proteção está garantida na própria norma. O objetivo do governo é evitar prejuízos e respeitar os compromissos assumidos entre instituições e estudantes.
Portanto, se você já está estudando em um curso EAD, pode continuar com tranquilidade. As novas exigências só vão valer para as instituições quando elas abrirem novas turmas ou novos cursos — e ainda terão um prazo de até dois anos para fazer todas as adaptações.